CONFRONTO DIÁRIO: O QUE ESTÁ GUARDADO NO SEU CORAÇÃO?
– Que alegria ter a oportunidade de refletir com vocês neste espaço!
Hoje, lendo e meditando na Bíblia, a Palavra de Deus, vieram à mente algumas reflexões que gostaria de compartilhar com vocês.
O confronto diário pela leitura bíblica é um privilégio, e necessário, para refletirmos e examinarmos o que está guardado em nosso coração, vendo o que precisa ser confessado e deixado. Isso é importante para alcançarmos a misericórdia de Deus e avançarmos testemunhando. Precisamos ter o cuidado para que o nosso testemunho não se torne pedra de tropeço para as pessoas e, especialmente, para os pequeninos. Mas, pelo contrário, que venha influenciar e inspirar sua caminhada no percurso de conhecer e seguir o Senhor Jesus.
Você, professor, tem exercido seu ministério com o papel de ser um mediador influenciador para as crianças? Sua conduta tem inspirado às crianças a seguir a Jesus?
Gostaria de pensar com você sobre algumas reflexões necessárias para atingir o objetivo de ser um agente influenciador na vida da criança.
Precisamos refletir sobre quais são as motivações no ministério de ensinar às crianças. É oportuno reconhecer a necessidade de refletirmos sobre o que estamos guardando no nosso coração e suas implicações.
No Salmo 119.11, temos o salmista expressando: “Guardei a tua Palavra no meu coração para não pecar contra ti”. Aqui, já temos uma importante orientação clara do que devemos fazer para não nos tornarmos pedras de tropeços para as nossas crianças, pois isso é muito grave. Como disse Jesus, em Mateus 18. 6-7: “[…] se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, seria melhor para esse que uma pedra de moinho fosse pendurada ao seu pescoço e fosse afogado na profundeza do mar. Ai do mundo por causa das pedras de tropeço! Porque é inevitável que elas existam, mas ai de quem é responsável por elas!”
É pertinente refletirmos que todas as mudanças devem acontecer de dentro para fora, no “coração”, pela renovação do nosso entendimento por meio da Palavra de Deus (veja Romanos 12:2). Assim, ao meditarmos nas Sagradas Escrituras, devemos nos examinar e imediatamente confessar os nossos pecados, crendo nessa condição de confessar para desfrutar da promessa do perdão para os pecados. Conforme está escrito em 1 João 1.9: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.
Há a necessidade de reconhecer qual pecado precisa ser confessado e deixado. A Bíblia nos alerta para refletir sobre o que temos falado em Mateus 12.34b “…porque a boca fala do que o coração está cheio.” E, em Efésios 5.18, exorta-nos: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”. Se o nosso coração não estiver cheio do Espírito Santo, seremos inclinados para as obras da carne e seremos guiados pelo desejo do nosso coração enganador.
O confronto diário, pela leitura bíblica, é necessário para prosseguirmos ensinando conforme a proposta pedagógica do Mestre, O Senhor Jesus Cristo. Ele, sendo Deus, renunciou sua Glória. Assim, toda a visibilidade do trabalho deve ser para a glória de Deus. Precisamos avaliar quais as motivações do nosso coração e vigiar para não sermos seduzidos a buscar visibilidade para nós, e sim, como está escrito em João 3:30, que “Cristo cresça e eu [nós] diminua[mos].”
Devemos vigiar o nosso coração para não cair em propostas sedutoras dos agentes influenciadores deste mundo tenebroso. Eles visam dominar nossas mentes e aprisionar o nosso coração com suas ofertas e sugestões malignas e enganadoras, envolvendo sentimentos mascarados, mecanismos de autodefesa, conduzindo-nos a atribuir aos outros os erros, justificando as ações pecaminosas como o resultado do que foi negado, gerando conflitos e justificando suas más ações no vitimismo social, querendo desconstruir os princípios estabelecidos por Deus.
Como está escrito em Jeremias 17.9,10: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração. Eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações.” Diante desta verdade, devemos vigiar e orar, buscando estar cheio do Espirito Santo, esforçando-nos para ter uma conduta moldada pelos princípios bíblicos, propiciando às crianças as reflexões necessárias para cada momento ou situação adversa.
Que Cristo cresça e eu diminua.
Que Ele seja mostrado por meio do testemunho fiel.
Que as pessoas sejam atraídas pela beleza de Cristo em nós.
Você está disposto a enfrentar esse confronto diário?
Façamos a oração de Davi registrada no Salmo 139. 23, 24: “Sonda -me, Ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos. Vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.”
O PROFESSOR CRISTÃO DEVE SER UM AGENTE INFLUENCIADOR FORMANDO CRIANÇAS PARA SEREM SEGUIDORAS DE JESUS CRISTO.
Está escrito em Romanos 12,7: “Se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo.” Portanto, devemos ensinar com excelência às crianças. Ensinar é ajudar o outro aprender. Conhecer e dominar uma metodologia. Mas atenção: ter conhecimento bíblico é fundamental, e ter desenvoltura é bom, porém não são suficientes para alcançar o coração das crianças.
Além de dominar uma metodologia, ter conhecimento bíblico, desenvoltura na comunicação, com linguagem apropriada para o atendimento das faixas etárias, ter recurso didático e espaço físico apropriado para o acolhimento das crianças e atendê-las segundo as suas necessidades, o professor deve influenciar como agente facilitador, com estimulação correta na estruturação do ensino, conforme as ações propostas, visando ao desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor da criança.
É de suma importância a interação positiva do professor no processo do ensino aprendizagem. Todas as crianças precisam ser incluídas no ambiente, independentes de suas limitações, tendo suas necessidades socioafetivas, cognitivas e psicomotoras supridas com interações, partilhas e outras ricas experiências para o desenvolvimento de suas potencialidades.
O professor precisa seguir o exemplo do Mestre Jesus, que, com seu olhar de amor, alcançou todos na multidão: os cegos, os surdos, os angustiados e rejeitados, enfim, todos. Mostrou-nos a condição inerente de sermos pecadores separados da presença de Deus, conforme está escrito em Romanos 3.23: “Todos pecaram e destituídos estão da presença de Deus”. Logo, todas as crianças precisam ser ensinadas sobre sua condição de pecadora para conhecer Jesus como seu único e suficiente Salvador e segui-lO, dando bom testemunho para a glória de Deus.
Nessa perspectiva, o professor cristão, além de ter conhecimento bíblico, dominar uma metodologia, ensinar com desenvoltura, precisa influenciar as crianças com seu exemplo prático, numa interação positiva. Deve compreender sua missão de ensinar buscando crescer na graça e no conhecimento da Palavra de Deus, tendo intimidade com Deus, recebendo orientações e estratégias para atingir sua missão de pastorear o coração das crianças, influenciando-as para serem seguidoras de Cristo, por meio do seu testemunho fiel. Amém!