EM BUSCA DE APRENDIZADO
Querido amigo seguidor do blog, quero refletir com você sobre o aprendizado numa perspectiva que excede a ciência deste mundo. A sociedade pós-moderna é marcada por avanços e inovações que busca mentorear o homem em diversas áreas, com a proposta de torná-lo útil, participativo.
Consciente do seu papel social e engajado no sistema, na produção de projetos que visem ao incremento das descobertas, supostamente para torná-lo uma peça importante e notável na engrenagem do sistema pós-moderno.
Entretanto, mediante frequente auto-exame, precisamos refletir, como líderes, sobre qual é a nossa motivação neste mundo corrompido, que busca apenas a concretização de seus objetivos e prazeres. Devemos estar atentos às suas correntes ideológicas e filosóficas que têm a intenção de levar o homem a ser centrado em si mesmo, buscando realizações meramente terrenas.
Precisamos vigiar nossas mentes e corações, resistir às pressões que são exercidas sobre nossas vidas na rotina do dia a dia e sermos encorajados e desafiados a verificar se estamos interagindo como verdadeira igreja de Jesus; se somos homens e mulheres que vivem nessa sociedade pós-moderna influenciando vidas para serem cheias do conhecimento que liberta das cadeias do pecado – pecado que tem como objetivo manter o homem nas suas práticas soberbas e arrogantes, muitas vezes mascaradas de boas ações, mas com o propósito de moldar as mentes aos parâmetros filosóficos e ideológicos mundanos.
Como líderes conscientes, devemos agir e reagir em contínua busca de um aprendizado fundamento nos passos do mestre dos mestres, que é Jesus. É Ele o nosso referencial. Ele é aquele que viveu num mundo corrompido, mas não se corrompeu; cumpriu a lei, praticando a justiça por meios de seus atos – os atos do filho de Deus enviado; interagiu com todos em todas as escalas da sociedade, respeitando, refletindo sobre a lei e a cultura, quebrando paradigmas, influenciando homens e mulheres. Ele usou até mesmo uma criança para ensinar seus seguidores quem vem a ser o maior no seu reino, dando-lhe importância que até aquele momento não tinha sido reconhecida. A criança não fazia parte da lista daqueles que eram importantes naquela época. E Jesus atribuiu importância não só à criança, mas àqueles que eram menosprezados. Com suas mediações, promoveu reflexões e sobretudo o ensinamento do seu amor, por meio de suas palavras e ações revelando o verdadeiro cristianismo.
Vivemos numa sociedade legalista, onde prezam pelo cumprimento das leis, promovendo um jogo de palavras e interesses que visam manter o controle.
Percebemos que essa sociedade visa manter as mentes escravas no seu fantasioso jogo de palavras, induzindo vidas a serem subjugadas pelos seus desejos, manipulando o direito de pensar, analisar e refletir.
Está no ar todo tipo de sedução. Há um discurso cheio de bonitas palavras, com suas belas rimas, acompanhadas das construções de belos sorrisos, conduzindo vidas no embalo das suas narrativas, carregadas na sensação de prazer imediato, transformando o certo em errado e o errado em certo. Tudo feito com o fim de fortalecer e manter as mentes no cárcere religioso, filosófico e ideológico. É hora de fazer uma profunda reflexão para identificarmos se estamos seguindo os passos do nosso mestre, que é Jesus. Será que, com inteligência e sabedoria, estamos formando vidas com o conhecimento que liberta?
Precisamos mediar vidas com a verdade do conhecimento que liberta da cegueira espiritual, removendo as vendas e dando-lhes acesso ao conhecimento da Palavra de Deus. Esse conhecimento oportunizará o aprendizado, capacitando as pessoas para viver com sabedoria, exercendo seu papel social, fazendo a diferença, sendo críticas, analíticas, não sendo seduzidas pelas rimas e vibrações do jogo de palavras com suas inversões de significados, cujo propósito é conduzir ao relativismo do que é certo e errado.
Não podemos alimentar esse sistema aparentemente “encantador”, que destrói nossa capacidade de pensar com a mente de Cristo e nos torna peças de manobra nas mãos de grupos de interesses não cristãos, segundo seus parâmetros de certo e errado.
Devemos promover o aprendizado formando uma nova geração, dando-lhe a oportunidade de ouvir e construir o conhecimento que liberta. Só assim essa nova geração será ensinada a pensar, analisar e refletir na esperança de que o próprio Deus a conscientizará, libertando-a, tirando suas vendas, removendo-a da escuridão espiritual e trazendo-a para a luz do seu maravilhoso amor.
Não podemos adotar a postura dos fariseus, que conheciam a lei, conheciam as normas, mas em muitas ocasiões usavam seu conhecimento para fazer um jogo de palavras, um meio de manobras, direcionando mentes a práticas segundo seus próprios interesses, em nome do bem. Tais homens, centrados na vaidade de seus conhecimentos, soberbos, com suas argumentações levavam muitos a praticar uma lei cega, em lugar da verdadeira lei de Cristo, que é o amor, firmado no próprio Cristo.
Ao ensinar, devemos promover o conhecimento da Palavra de Deus, de forma que tal conhecimento venha produzir mudanças, pastoreio de coração. O ensino não deve estar focado no comportamento, uma vez que o comportamento pode ser condicionando de acordo com interesses, mas deve promover reflexões que auxiliem as pessoas (crianças, famílias e líderes). O líder deve estar empenhado em mostrar que o Mestre Jesus vê além do cumprimento das normas e regras, Ele vê o coração disposto a aprender com Ele. Aquele que ensina deve ter em sua mente a convicção de que só em Cristo podemos ter um aprendizado eficaz.
Deus não quer que vivamos de aparência, esforçando-nos para sermos mero cumpridores de deveres, com o comportamento firmado nos valores de uma sociedade corrompida. Muitos sábios e letrados da nossa sociedade estão perdidos com os olhos vendados, sem compreender a verdadeira construção do aprendizado do mestre.
O conhecimento que devemos almejar está fundamentado na cruz, onde nos é revelada a condição de toda a humanidade. O mestre Jesus teve empatia pela sociedade corrompida e cega, que andava errante pelo caminho. Com suas palavras e ensinamentos práticos, Ele atraiu grandes e pequenos para reconhecerem a grandeza de seu amor.
Foi na cruz que o mundo pôde verdadeiramente entender o significado da palavra amor. Ali o mundo presenciou o mestre ser rejeitado, menos prezado e humilhado. Quase sem pronunciar palavras, deu sua vida, morrendo e vencendo a morte, revelando ao mundo seu amor prático, num cenário de dor. Deu ao mundo o direito que não lhe pertencia, de conhecer o verdadeiro amor, e o privilégio de gozar do aprendizado que excede o cumprimento de um conjunto de normas e de boas obras, revelando quem Ele era, o Único Filho de Deus, e sua obra perfeita. Ele morreu e ressuscitou para salvar todos os que nele crerem, conquistando o direito, para os que não tinham, de serem filhos e herdeiros do seu amor e promessas que libertam do pecado, da morte e do juízo, na promoção do aprendizado eterno.
Esse é o aprendizado que devemos buscar na rotina do dia a dia, lembrando-nos de suas promessas, editando, refletindo, caminhando segundo a conduta e as práticas do mestre Jesus, que ensinou com o silêncio de palavras, gritando com suas ações, oferecendo ao mundo o direito de ter acesso ao conhecimento do seu maravilhoso e inefável amor.
Que possamos trilhar nessa busca, refletindo na sedução do jogo das palavras e nas práticas que anulam o verdadeiro aprendizado centrado na cruz.
Muito bom o artigo. Fui edificada, que Deus continue inspirando sua vida para escrever mais artigos e livros para edificação de nossas vidas .